sábado, 27 de março de 2010

Sensações de um eu desnorteado (passando pela Farrapos)


Como prostituta
Desconfiada quando no carro entra
Aliviada quando do carro sai

Como prostituta
Apressada quando no quarto entra
Enojada quando do quarto sai

Como prostituta
Dolorida quando no corpo entra
Fudida quando do corpo sai

Como prostituta
Oprimida quando em casa entra
Discriminada quando de casa sai

Como prostituta
Perdida quando na vida entra
Esquecida quando da vida sai

Um comentário:

Bebel disse...

Achei fantástico esse poema, de uma inspiração grandiosa.
É profundo, intenso, pungente...
Beijos