
Estive quase um mês com problemas de comunicação. Vários problemas em diversos tipos de linguagem:
O meu celular viajou de férias. Ele foi à praia comigo, aí funcionava só com um "pauzinho", ou seja não funcionava, a não ser em cima da geladeira onde surgia mais dois pauzinhos.
Toda vez que entrava no msn, kut, skype, etc, não tinha ninguém conectado... (o que será que todo mundo estava fazendo de madrugada que não estava na net???)
Fui, em 12 dias, ao redor de 20 praias diferentes. Putz! Que ilha linda!! Floripa é que é A Cidade Maravilhosa! Mar e montanha, uma combinação que eu tava achando quase perfeita. Só não tava perfeito porque não conseguia me comunicar com São Pedro. No dia que chovia eu tava toda pronta pra pegar àquele bronze e me jogar na água(Gelaaaada! Fazer o quê, não era o nordeste, né?!). No dia que saía o sol eu nem de biquini tava.
As placas de trânsito eram super bem planejadas, devo reconhecer, mas eu nunca sabia se estava indo pro sul ou pro norte da ilha.
Mas o problema maior que tive esses dias foi em me comunicar com os seres humanos. Tentei fazer novas amizades, consolidar outras antigas, porém não rolou...não consegui achar o meio pra fluir a energia. Não aguentava mais ouvir por todos os lados aquele sotoque enjoado dos queridos "hernanos". Tinha mais argentino do que gente naquele lugar!
O meu corpo, os meus orgãos pareciam estar em um certo descompasso uns com os outros. O intestino não se entendia com o estômago, um sempre cheio e o outro mais cheio ainda(o certo seria um cheio e um vazio...eu acho!). As pernas não se entendiam com as costas, enquanto aquelas queriam andar, estas queriam sentar. Os olhos queriam dizer milhões de coisas sobre as coisas que via e a boca só conseguia ficar calada.
A cabeça então...essa estava toda desordenada. Perdeu total controle sobre a bexiga...aí era eu fazendo xixi toda hora feito neném. Os neurônios pensavam o que queriam. Estavam de férias, não tinham hora pra nada...ficavam funcionando a madrugada toda só criando bobagens.
A cabeça não se comunicou direito nem com o coração que quase parou de bater de tanto apanhar. Coitado! Ele precisava mesmo era de oxigênio e um sangue mais colorido.
Quase fui procurar a minha operadora pra ver se resolvia de vez esses problemas de comunicação. Minha salvação foi a linguagem dos corpos que a gente aprende a usar por instinto e que sempre funciona(pelo menos comigo). Foi o que me garantiu algumas interações satisfatorias, entre outras coisas, com os cachorros, quero-queros, urubus, beija-flor e o mar de Santa Catarina.
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